segunda-feira

Escoteiro, herói!


Na década de 20/30, ser escoteiro era uma grande honra. Enquanto participavam do movimento, o rapazes da pequena cidade aprendiam sobre a sobrevivêcia na mata, tinham noções de civismo e vivenciavam em sua plenitude o compromisso com a comunidade na qual estavam inseridos. E ele, como bom escoteiro, tinha seu lenço, seu pavihão amado, que traduzia tudo o que de melhor o indivíduo podia ser. Acordava todos os dias de manhã e lá estava ele, pendurado à beira da cama. Quando uma boa ação fosse cumprida, fazia um nó no lenço. Era objetivo de todo escoteiro que, ao se deitar, seu lenço tivesse pelo menos um nó. E o dele tinha vários. E orgulhava-se muito disso.

Lembranças de um tempo de amizades, companheirismo e muitas, muitas aventuras... Um evento memorável, que parava sua cidadezinha, era o Raid, uma jornada na qual dois escoteiros tinham a honra de ir caminhando até a capital: uma prova de bravura, superação de limites e força de vontade dos participantes - afinal, são mais de 130 Km de chão batido, com uma mochila gigante nas costas. Por esta razão e por serem "os escolhidos" e não meros voluntários, já na ida, esses escoteiros eram tratados como celebridades. A cidade inteira participava de sua partida e reunia-se em salões paroquais para aguardar notícias. E elas vinham... o exército auxiliava os aventureiros, dando cobertura e telefonando para uma central na cidadezinha. E a pessoa que recebia as informações corria até o salão onde todos esperavam ansiosos pelas novas. Orações e muita torcida tomavam o espaço até o derradeiro telefonema: eles chegaram a Florianópolis! Chapéus para o alto, festa, comemoração. Os mais novos heróis da cidade agora poderiam voltar - de carro - para serem coroados com toda pompa e circunstância. E assim o eram. Quando em casa, eram ovacionados e seguiam em desfile público aos aplausos da multidão - eles eram os maiorais!

Este era um feito tão penoso e desafiador que era repetido somente a cada três anos, por anos a fio... até que a tradição passou a não acontecer mais. Faz parte de uma série feitos que, simplesmente, passaram... Passaram! Mas deixaram uma marca profunda. Porque, independentemente de participar da jornada ou ficar somente no aguardo de notícias... era um sofrimento absolutamente gratificante, aquele!!!

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Escoteiro, herói!


Na década de 20/30, ser escoteiro era uma grande honra. Enquanto participavam do movimento, o rapazes da pequena cidade aprendiam sobre a sobrevivêcia na mata, tinham noções de civismo e vivenciavam em sua plenitude o compromisso com a comunidade na qual estavam inseridos. E ele, como bom escoteiro, tinha seu lenço, seu pavihão amado, que traduzia tudo o que de melhor o indivíduo podia ser. Acordava todos os dias de manhã e lá estava ele, pendurado à beira da cama. Quando uma boa ação fosse cumprida, fazia um nó no lenço. Era objetivo de todo escoteiro que, ao se deitar, seu lenço tivesse pelo menos um nó. E o dele tinha vários. E orgulhava-se muito disso.

Lembranças de um tempo de amizades, companheirismo e muitas, muitas aventuras... Um evento memorável, que parava sua cidadezinha, era o Raid, uma jornada na qual dois escoteiros tinham a honra de ir caminhando até a capital: uma prova de bravura, superação de limites e força de vontade dos participantes - afinal, são mais de 130 Km de chão batido, com uma mochila gigante nas costas. Por esta razão e por serem "os escolhidos" e não meros voluntários, já na ida, esses escoteiros eram tratados como celebridades. A cidade inteira participava de sua partida e reunia-se em salões paroquais para aguardar notícias. E elas vinham... o exército auxiliava os aventureiros, dando cobertura e telefonando para uma central na cidadezinha. E a pessoa que recebia as informações corria até o salão onde todos esperavam ansiosos pelas novas. Orações e muita torcida tomavam o espaço até o derradeiro telefonema: eles chegaram a Florianópolis! Chapéus para o alto, festa, comemoração. Os mais novos heróis da cidade agora poderiam voltar - de carro - para serem coroados com toda pompa e circunstância. E assim o eram. Quando em casa, eram ovacionados e seguiam em desfile público aos aplausos da multidão - eles eram os maiorais!

Este era um feito tão penoso e desafiador que era repetido somente a cada três anos, por anos a fio... até que a tradição passou a não acontecer mais. Faz parte de uma série feitos que, simplesmente, passaram... Passaram! Mas deixaram uma marca profunda. Porque, independentemente de participar da jornada ou ficar somente no aguardo de notícias... era um sofrimento absolutamente gratificante, aquele!!!

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