segunda-feira

Singelo como uma rosa roubada


Então ele veio ao Brasil. Fora chamado para trabalhar como professor na nova colônia. Juntamente com sua mãe viúva e sua irmãzinha, trouxe consigo poucas mudas de roupa, livros, nenhum dinheiro e a vontade de fazer uma vida digna na nova pátria. E assim o fez. Era agradável, solícito e dividia seu saber com toda a comunidade. E era reconhecido, muito bem-quisto e respeitado. Mas parecia faltar-lhe algo.

Foi aí que ele a viu pela primeira vez, quando pôs-se a participar de um seminário na cidade vizinha. Lá estava ela iluminada, ostentando aquele sorriso lindo enquanto cuidava de seus afazeres na casa onde era contratada. Parou, por um momento, de respirar. E passou muitas vezes na frente daquela janela, na esperança de vê-la novamente. E voltou à cidade inúmeras vezes na intenção de encontrá-la.

E ela passava os dias à janela à espera de sua visita. Nunca haviam se falado. Faltava coragem. Mas miravam-se longamente... Um dia ele não a encontrou e voltou para casa desapontado... mas não antes de pular a cerca, sacar uma rosa branca - roubada - do jardim e deixá-la na janela. Naquela janela, que emoldurava tão bela visão. E ela passou a esperar as rosas brancas, quando não conseguia vê-lo. E encantava-se. Sonhava. Suspirava.

E dos olhares (ou dos desencontros), iniciou uma belíssima história que se renova sempre e que não terá final jamais. Da singeleza das delicadas rosas deixadas ao parapeito da janela, nasceu toda uma família*. E, desta trajetória, fica o perfume do mais puro sentimento que brota sem aviso, tomando, de uma hora para outra todo nosso ser... na hora certa... quando tem que ser... dentro de cada um de nós.


*casaram-se em 1881 e hoje seu romance já alcança a 7a geração.

3 comentários:

  1. Obrigado Bethania pelo comentário e o carinho, ao nosso trabalho.
    Seu trabalho também é lindo e digno.
    Parabéns.
    Adalberto Day Cientista Social e pesquisador

    ResponderExcluir
  2. Bê tú és uma fofa mesmo né, obrigada sempre pelos recadinhos lá no blog eu adorooooooooooooo
    E pode deixar teu niver tá anotado na agenda...
    E ôôôô vamos marcar algo!!!!??? Esperamos um contato de vcs .
    super beijo
    Ps: Tó amando ser blogueira.

    ResponderExcluir
  3. Afffffffff
    Fiquei tão emocionada que até esquesci de comentar sobre este blog rico, cheio de coisas lindas e emocionantes.
    Ameiiiiiiiiiii

    ResponderExcluir

segunda-feira

Singelo como uma rosa roubada


Então ele veio ao Brasil. Fora chamado para trabalhar como professor na nova colônia. Juntamente com sua mãe viúva e sua irmãzinha, trouxe consigo poucas mudas de roupa, livros, nenhum dinheiro e a vontade de fazer uma vida digna na nova pátria. E assim o fez. Era agradável, solícito e dividia seu saber com toda a comunidade. E era reconhecido, muito bem-quisto e respeitado. Mas parecia faltar-lhe algo.

Foi aí que ele a viu pela primeira vez, quando pôs-se a participar de um seminário na cidade vizinha. Lá estava ela iluminada, ostentando aquele sorriso lindo enquanto cuidava de seus afazeres na casa onde era contratada. Parou, por um momento, de respirar. E passou muitas vezes na frente daquela janela, na esperança de vê-la novamente. E voltou à cidade inúmeras vezes na intenção de encontrá-la.

E ela passava os dias à janela à espera de sua visita. Nunca haviam se falado. Faltava coragem. Mas miravam-se longamente... Um dia ele não a encontrou e voltou para casa desapontado... mas não antes de pular a cerca, sacar uma rosa branca - roubada - do jardim e deixá-la na janela. Naquela janela, que emoldurava tão bela visão. E ela passou a esperar as rosas brancas, quando não conseguia vê-lo. E encantava-se. Sonhava. Suspirava.

E dos olhares (ou dos desencontros), iniciou uma belíssima história que se renova sempre e que não terá final jamais. Da singeleza das delicadas rosas deixadas ao parapeito da janela, nasceu toda uma família*. E, desta trajetória, fica o perfume do mais puro sentimento que brota sem aviso, tomando, de uma hora para outra todo nosso ser... na hora certa... quando tem que ser... dentro de cada um de nós.


*casaram-se em 1881 e hoje seu romance já alcança a 7a geração.

3 comentários:

  1. Obrigado Bethania pelo comentário e o carinho, ao nosso trabalho.
    Seu trabalho também é lindo e digno.
    Parabéns.
    Adalberto Day Cientista Social e pesquisador

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  2. Bê tú és uma fofa mesmo né, obrigada sempre pelos recadinhos lá no blog eu adorooooooooooooo
    E pode deixar teu niver tá anotado na agenda...
    E ôôôô vamos marcar algo!!!!??? Esperamos um contato de vcs .
    super beijo
    Ps: Tó amando ser blogueira.

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  3. Afffffffff
    Fiquei tão emocionada que até esquesci de comentar sobre este blog rico, cheio de coisas lindas e emocionantes.
    Ameiiiiiiiiiii

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